terça-feira, 9 de março de 2010

CUT repudia jornalista da RBS que chama de vadios e vagabu


CUT repudia jornalista da RBS que chama de vadios e vagabundos quem defende a redução da jornada


Um movimento de centenas de vadios, de vagabundos da vida. Esta foi a definição dada pelo jornalista Luiz Carlos Prates à campanha nacional pela redução da jornada de trabalho, no programa Jornal do Almoço, exibido pela RBS no dia 19/02.

Com esta e outras declarações do tipo, o jornalista insulta publicamente todos os homens e mulheres que cotidianamente lutam por avanços nos direitos da classe trabalhadora em busca de uma sociedade justa, solidária e igualitária. Não bastando os insultos, Prates mente ao afirmar que a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais não gerará postos de trabalho e ofende os trabalhadores que estão sem emprego, afirmando que só estão desempregados porque não têm qualificação ou não têm ânimo para o trabalho.

Raivoso, Prates finaliza dizendo que se não houver reação por parte do empresariado e dos investidores que, segundo ele, são os responsáveis “pelo o país ainda estar de pé”, o atual governo quebra o país.

A CUT lamenta que pensamentos como estes, que não se baseiam em nada além do ódio de parte das elites em relação aos trabalhadores, aos movimentos sociais e a tudo que é democrático e popular, ainda se perpetuem em pleno século XXI e continuem a ser disseminados pelos veículos de comunicação.

Não é preciso ir muito longe para constatarmos que estas manifestações são de tempos em tempos recorrentes. Em 1988, ano em que a jornada semanal de trabalho foi reduzida constitucionalmente de 48 para 44 horas semanais, representantes das elites conservadoras e reacionárias vociferaram que a redução significaria uma tragédia para o Brasil, como fez Luiz Prates na RBS. Porém, nada aconteceu em decorrência da jornada menor, e é fato comprovado que os problemas econômicos que o Brasil enfrentou nos períodos seguintes, em nada tiveram ligação com as 44 horas.

Obviamente declarações como as feitas por Prates tentam ocultar benefícios que a redução da jornada trará para a maioria da sociedade e para desenvolvimento econômico do Brasil. Um dos benefícios é a possibilidade de os trabalhadores e trabalhadoras se qualificarem ainda mais, seja educacional e profissionalmente. Atualmente, as extensas jornadas não permitem isso. Caso do setor de comércio e serviços, onde a média semanal é de até 56 horas em São Paulo, segundo o Dieese.

A redução da jornada de trabalho sem redução de salários, além de gerar mais de 2 milhões de empregos, como demonstram os estudos do Dieese, também possibilita a melhoraria da qualidade de vida, já que os trabalhadores/as terão mais tempo para o convívio familiar, para o lazer, para atividades sociais e culturais tão importantes para a vida e para o país que se desenvolverá ainda mais com o aumento do consumo e da produção.

Portanto, trata-se de uma luta hegemônica, de evidente luta de classes que a elite conservadora acirra ainda mais neste ano de eleições, na tentativa de impedir a continuidade do projeto democrático-popular iniciado no atual governo e aprovado pela maioria da população. De um lado está esta elite, defensora dos interesses de parte dos empresários – representantes do retrocesso, do lucro a todo custo, da não distribuição de renda – e, de outro, os movimentos sociais organizados, representando os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras, das pessoas que de fato constroem o país e de todos os que lutam por uma sociedade justa, igualitária, com distribuição de renda, trabalho e direitos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher


Post por Suelen Caroline Block

Justiça mantém liminar do ônibus


Justiça mantém liminar do ônibus
Para juiz, gastos futuros com novos veículos e reforma dos terminais não podem entrar no cálculo da tarifa

BLUMENAU - O juiz Osmar Tomazoni, da Vara da Fazenda Pública, negou o pedido de reconsideração feito pela prefeitura de Blumenau à liminar que anulou o aumento da tarifa do transporte coletivo. Com a decisão, tomada sexta-feira, o valor do passe fica mantido em R$ 2,30. Mas o valor ainda não está sacramentado. O Consórcio Siga protocolou outro pedido de reconsideração quinta-feira. Um dia antes, o Consórcio também entrou com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de Santa Catarina na tentativa de derrubar a liminar. O desembargador responsável, Paulo Roberto Sartorato, continua analisando o pedido.O pedido negado sexta-feira por Tomazoni havia sido protocolado pela prefeitura no dia 25 de fevereiro. No indeferimento, Tomazoni alega que as explicações feitas pela prefeitura, o contrato de prestação de serviços do transporte coletivo e a planilha de custos – documentos entregues ao juiz – não justificam o reajuste de 10,8%, para R$ 2,55.O juiz também decidiu pela manutenção da liminar citando que ocorreram “dois significativos equívocos”. No cálculo para reajustar a tarifa, foram levados em consideração os insumos e os investimentos passados e futuros. Com isso, no repasse de remuneração e depreciação, foi levado em consideração capital que o Consórcio Siga ainda não possui. A conclusão do juiz é que o usuário deve pagar pelos investimentos somente depois que eles forem concluídos.Na edição do último fim de semana, o Santa revelou que, no cálculo da nova tarifa, o Seterb levou em consideração obras nos terminais urbanos que o Siga terá de executar durante o ano e a compra de 89 novos ônibus. Sem estes investimentos, o custo atual do sistema de transporte coletivo resultaria em uma passagem de R$ 2,23. Somando-se os custos com terminais (R$ 0,09) e ônibus novos (R$ 0,23), atinge-se a tarifa decretada pelo prefeito João Paulo Kleinübing (DEM): R$ 2,55.Dentro do próprio Seterb há divergências sobre o repasse para os usuários dos custos de investimentos. Economistas da autarquia, responsáveis pela aferição financeira do transporte coletivo, afirmam que o cálculo do custo básico da tarifa já inclui a previsão de renovação da frota. Rudolf Clebsch, presidente da autarquia, discorda. Afirma que seria inviável para o Siga bancar novos veículos, que precisam ser trocados a cada 10 anos.Procurado sexta-feira, Clebsch informou que se manifestará somente após receber a notificação da Justiça. A Procuradoria Geral do Município também foi procurada, mas não retornou as ligações.


Entenda o caso:
- 19 de fevereiro: entra em vigor a nova tarifa: R$ 2,55. A tarifa de domingo passa para R$ 1,50 e dos vermelhinhos para R$ 3,20
- 24 de fevereiro: o preço da passagem volta a R$ 2,30. No dia anterior, o juiz Osmar Tomazoni havia concedido liminar que suspendeu o aumento. A decisão foi baseada em ações da Associação Catarinense de Defesa dos Direitos Constitucionais (ACDC) e da Associação de Moradores da Rua Coripós
- 25 de fevereiro: prefeitura de Blumenau protocola pedido de reconsideração da liminar
- 3 de março: Consórcio Siga protocola agravo de instrumento no Tribunal de Justiça
- 5 de março: Tomazoni indefere pedido de reconsideração da prefeitura de Blumenau

Fonte: SANTA
Material enviado por Ariel Jeske.
Post por Suelen Caroline Block